A artista plástica Helena Roitman, vivida por Renata Sorrah na novela Vale Tudo, é indiscutivelmente a álcoolatra mais lembrada da teledramaturgia brasileira. Os mais de vinte anos que nos separam de sua primeira exibição muito contribuíram para o fortalecimento da personagem no discurso social. “Heleninha” não é somente um nome próprio, pois se tornou um termo que, desde 1988, é utilizado para se referir comicamente às pessoas que vivem em meio às embaraçosas e hilárias situações que a bebida provoca. O advento do youtube, em meados dos anos 2000, tornou acessível as diversas cenas de Heleninha embriagada, muitas delas recheadas de um humor algumas vezes involuntário.
A atual reexibição de Vale Tudo pelo Canal Viva é uma inevitável retificação desse mito chamado “Heleninha Roitman”. Logo nos primeiros capítulos, somos apresentados a uma personagem pincelada de maneira bastante diversa da “Nazaré Tedesco alcoolizada” que construímos com o passar dos anos. De cara, o espectador percebe que os alicerces que sustentam a personagem de Gilberto Braga são outros. Helena é uma mulher humilhada pelo ex-marido Marco Aurélio (Reginaldo Faria), que por sua vez tem a aprovação da ex-sogra Odete Roitman (Beatriz Segall). Atormentada pela morte do irmão que acredita ter acidentalmente cometido, é também uma peronagem de precária sustentação emocional, infantilizada pela sua excessivamente zelosa tia Celina (Nathalia Timberg) e pelo mordomo Eugênio (Sérgio Mamberti). Não sendo suficiente, Helena é severamente tolhida pela personalidade sufocante e dominadora de sua mãe Odete Roitman.
Depois de 114 capítulos em que o tão esperado alcoolismo praticamente não aparece, o vício de Heleninha finalmente ressurge com força total em uma seqüência ao mesmo tempo inesquecível e degradante: a destruição do bar do hotel, exibida nessa última quarta feira (09/03). É apenas o início de uma sucessão de cenas tensas e deprimentes, em que o alívio cômico do conhecido “mambo bem caliente” ou da “Heleninha bêbada na maternidade” é apenas raro e pontual.
Acompanhemos, então, a descida ao inferno de Heleninha Roitman.
A atual reexibição de Vale Tudo pelo Canal Viva é uma inevitável retificação desse mito chamado “Heleninha Roitman”. Logo nos primeiros capítulos, somos apresentados a uma personagem pincelada de maneira bastante diversa da “Nazaré Tedesco alcoolizada” que construímos com o passar dos anos. De cara, o espectador percebe que os alicerces que sustentam a personagem de Gilberto Braga são outros. Helena é uma mulher humilhada pelo ex-marido Marco Aurélio (Reginaldo Faria), que por sua vez tem a aprovação da ex-sogra Odete Roitman (Beatriz Segall). Atormentada pela morte do irmão que acredita ter acidentalmente cometido, é também uma peronagem de precária sustentação emocional, infantilizada pela sua excessivamente zelosa tia Celina (Nathalia Timberg) e pelo mordomo Eugênio (Sérgio Mamberti). Não sendo suficiente, Helena é severamente tolhida pela personalidade sufocante e dominadora de sua mãe Odete Roitman.
Depois de 114 capítulos em que o tão esperado alcoolismo praticamente não aparece, o vício de Heleninha finalmente ressurge com força total em uma seqüência ao mesmo tempo inesquecível e degradante: a destruição do bar do hotel, exibida nessa última quarta feira (09/03). É apenas o início de uma sucessão de cenas tensas e deprimentes, em que o alívio cômico do conhecido “mambo bem caliente” ou da “Heleninha bêbada na maternidade” é apenas raro e pontual.
Acompanhemos, então, a descida ao inferno de Heleninha Roitman.
Colaborou:
Bruno Machado - Psicólogo
b_machado@uol.com.br
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