Olavo (Paulo Reis) anda grilado com César (Carlos Alberto Riccelli). O ex-modelo estava na pior, morando de favor e depois da morte de Odete (Beatriz Segall) chegou a se esconder em Búzios. Mas agora que César está de volta, as coisas estão diferentes.
O gigolô está morando novamente no apart e vive cheio de segredos. Até afastou Fátima (Glória Pires) mesmo que ainda goste dela.
Depois de procurar Olavo mais uma vez, César pede para dar um telefonema de sua casa. Ele pensa que o fotógrafo saiu, mas está bem escondido atrás da porta. O amigo do gigolô o escuta pedindo dinheiro a alguém e vê quando essa pessoa chega para lhe entregar: Freitas, assistente de Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
Olavo exige que César conte a verdade e o ex-amante de Fátima, vencido, diz que vai falar.
Por que Marco Aurélio está financiando César? Saiba tudo nos últimos capítulos de Vale Tudo!
VALE TUDO E AS RECEITAS DE UMA NOVELA DE SUCESSO
A exibição da novela “Vale Tudo” no Canal Viva está chegando ao fim. Afirmo, sem exageros, se tratar da melhor novela que eu já assisti. Diante de tal afirmação, parei para fazer a seguinte reflexão: por que “Vale Tudo” se tornou um clássico e se difere das novelas atuais?
Parece que a base de tal diferenciação ficou restrita às novelas do passado: menos personagens e, consequentemente, menos núcleos, o que garante que todos os personagens tenham a sua importância na trama – em “Vale Tudo” podemos observar que até as empregadas Daisy e Marina têm sua importância na movimentação da história.
Mas não é só isso. Temos na novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères personagens com personalidades e funções bem definidas, características que fazem falta nas tramas atuais. Sabemos exatamente, por exemplo, quem são e o que querem Maria de Fátima e Raquel Acioly.
São muitos os elementos que fazem de “Vale Tudo” um clássico de nossa teledramaturgia. Elementos que vão desde a trilha sonora à boa escalação dos atores, a ponto de que não é possível imaginar Helena Roitman sendo interpretada por outra atriz a não ser Renata Sorrah, ou Marco Aurélio por outro autor que não seja Reginaldo Faria.
Porém o grande diferencial de “Vale Tudo” tem nome e sobrenome: Odete Roitman. Trata-se de uma das vilãs mais marcantes de todos os tempos. É ela quem movimenta boa parte da história. A sua ausência, que ocorre no meio da novela, motivada por uma viagem, fez com que a trama ficasse morna e só recuperasse o fôlego com o retorno da dona da TCA. Até mesmo a sua morte mobilizou os personagens e o público. Na época, uma fabricante do ramo alimentício lançou uma promoção de sucesso, que premiou a pessoa que descobriu a identidade do assassino (a) da vilã (Nota: quando este texto foi escrito, o último capítulo da novela ainda não havia exibido. Por isso, não coloquei aqui a identidade do assassino (a)).
“Vale Tudo” vai chegando ao fim deixando telespectadores nostálgicos com saudades e se perguntando se outra novela surgirá e se tornará um clássico, tal como “Vale Tudo”.
E você, o que acha?
Rodrigo Almeida é jornalista. Atualmente mantém o blog Rodas Antenadas e é um dos editores do blog Guia Inclusivo.
Assista o Capítulo 197 exibido nesta terça-feira
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